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ÀS MULHERES DA MINHA VIDA


Eu e mamãe
Hoje, Dia Internacional da Mulher, faço uma homenagem às mulheres que fizeram e fazem parte da minha vida e que são muitas.

A primeira e mais importante é a minha mãe, Cinira de Carvalho Vieira, porque me deu a vida, me ensinou as primeiras palavras, os primeiros passos, a ser uma mulher decente, responsável, a amar a família e ao próximo.

A segunda mais importante foi a minha ama-de-leite, da qual, infelizmente, não lembro o nome, pois sem ela para me amamentar eu não teria sobrevivido (que exagero!) nem me tornado uma bebê gordinha e saudável.

Nesta ilustração de 
Ivan Wasth Rodrigues
(Brasil 1927-2008),
para Casa Grande e Senzala
em quadrinhos, poderiam ser
eu e minha ama-de-leite.
 Depois vêm todas as outras que de uma maneira ou de outra me ajudaram a crescer como pessoa, a ser quem sou hoje, me passando conhecimento (as professoras), me ensinando a trabalhar (colegas de trabalho), me dando amor, amizade, carinho, compreensão, ajuda e um ombro amigo nos momentos difíceis (as mulheres da família e as amigas queridas).

Para homenageá-las realmente, com algo belo e poético, nada melhor que o grande Vinicius de Moraes e o seu poema A MULHER QUE PASSA.

Um grande abraço a todas as mulheres da minha família, às amigas reais, virtuais, as que não conheço e visitam este modesto blog, assim também como as que me seguem.

FELIZ DIA INTERNACIONAL DA MULHER!

Fátima Vieira

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A MULHER QUE PASSA

Meu Deus, eu quero a mulher que passa
Seu dorso frio é um campo de lírios
Tem sete cores nos seus cabelos
Sete esperanças na boca fresca!

Oh! como és linda, mulher que passas.
Que me sacias e suplicias
Dentro das noites, dentro dos dias!

Teus sentimentos são poesia
Teus sofrimentos, melancolia.
Teus pelos leves são relva boa
Fresca e macia.
Teus belos braços são cisnes mansos
Longe das vozes da ventania.

Meu Deus, eu quero a mulher que passa!

Como te adoro, mulher que passas
Que vens e passas, que me sacias
Dentro das noites, dentro dos dias!
Por que me faltas, se te procuro?
Por que me odeias quando te juro
Que te perdia se me encontravas
E me encontrava se te perdias?

Por que não voltas, mulher que passas?
Por que não enches a minha vida?
Por que não voltas, mulher querida
Sempre perdida, nunca encontrada?
Por que não voltas à minha vida
Para o que sofro não ser desgraça?

Meu Deus, eu quero a mulher que passa!
Eu quero-a agora, sem mais demora
A minha amada mulher que passa!

No santo nome do teu martírio
Do teu martírio que nunca cessa
Meu Deus, eu quero, quero depressa
A minha amada mulher que passa!

Que fica e passa, que pacifica
Que é tanto pura como devassa
Que bóia leve como a cortiça
E tem raízes como a fumaça.

Vinicius de Moraes


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